
ANÁLISE DO PROCESSO DE ASSOREAMENTO NO TRECHO I DO CANAL DE ACESSO AO PORTO DO RIO GRANDE ENTRE OS ANOS DE 2010 E 2018
Author(s) -
Marine Jusiane Bastos da Silva,
Lauro Júlio Calliari,
José Antônio Scotti Fontoura,
Christian Garcia Serpa,
Natália Lemke
Publication year - 2019
Publication title -
revista mundi engenharia, tecnologia e gestão
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2525-4782
DOI - 10.21575/25254782rmetg2019vol4n2794
Subject(s) - humanities , physics , art
O Porto do Rio Grande experimenta permanente processo de assoreamento nos ambientes de navegação, necessitando de dragagens periódicas. Este trabalho visa quantificar o processo de assoreamento no Trecho I do Canal de Acesso ao Porto do Rio Grande entre os anos de 2010 e 2018 e definir as regiões críticas onde a deposição de sedimentos é mais significativa. Foram utilizados quatro levantamentos batimétricos realizados nos anos de 2011, 2014, 2015 e 2018. A região de estudo é delimitada por um retângulo de 1.860.000 m² e possui profundidade de projeto de -18,00 metros (NR/DHN). A partir de cada levantamento batimétrico foi gerado um modelo digital de elevação (MDE), adotando-se uma malha padronizada com espaçamento de 10 metros e utilizando-se a Krigagem como método de interpolação. Por meio dos MDEs gerados, foram calculados os volumes acima da cota de projeto e abaixo da cota de projeto para cada levantamento e foram gerados mapas para identificação de áreas de maior deposição ou erosão de sedimentos em relação à cota de projeto. Além disso, foi calculada a variação de volume entre MDEs referentes a batimetrias consecutivas. As taxas de assoreamento encontradas em relação à cota de projeto foram 92.216,78 m³/mês entre julho de 2010 e fevereiro de 2011; 20.592,11 m³/mês entre julho de 2010 e fevereiro de 2014; 17.411,60 m³/mês entre julho de 2010 e novembro de 2015; e, 10.496,72 m³/mês entre julho de 2010 e fevereiro de 2018. A porção noroeste deste trecho apresenta a maior tendência ao assoreamento e reduziu gradualmente suas profundidades entre julho de 2010 (última dragagem) e fevereiro de 2018. Os volumes de deposição de sedimentos decaem no sentido sudeste, apresentando uma região intermediária com profundidades constantes muito próximas a -18 metros. Já na porção sudeste deste trecho é predominante a presença de cotas abaixo de -18,00 metros.