A morte do menino Italo e a letalidade de ações policiais na cidade de São Paulo: um estudo de caso

Objetiva este artigo, empreender uma análise da letalidade da ação policial que em acompanhamento tático, alvejou e vitimou com um tiro o menino Italo de Jesus Ferreira Siqueira, 10 anos, em flagrante de ato infracional, consistente na subtração de um veículo. Na pesquisa, por meio da compilação de dados bibliográficos e eletrônicos, pretende-se deduzir e demonstrar que o uso da força policial não é uma opção matemática ou de aplicação pura e simples da justiça, especialmente na capital paulista onde as mortes por ações policiais entrecruzam-se com dilemas da legítima defesa dos próprios agentes de segurança pública e da sociedade cada vez mais sitiada pela criminalidade que avassala os grandes centros urbanos. Conclui-se que os desafios nessa área, remontam à necessidade de densificação dos investimentos em efetivos e preparação policial, mas não se pode excluir do desdobramento causal a realidade humana do decidir em fração de segundos, nas ocasiões de confronto em que o stress do agir repentino pode significar a perda da vida do policial ou de pessoas à volta da crise enfrentada.