z-logo
open-access-imgOpen Access
Sistema de Inovação do Agronegócio Brasileiro? Dualismo estrutural-tecnológico e desafios para o desenvolvimento do país
Author(s) -
Eduardo Gelinski Júnior,
Armando Dalla Costa,
Flávio de Oliveira Gonçalves,
Rogério Allon Duenhas
Publication year - 2014
Publication title -
desenvolvimento em questão
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2237-6453
pISSN - 1678-4855
DOI - 10.21527/2237-6453.2014.28.279-317
Subject(s) - political science , humanities , physics , agricultural science , philosophy , biology
A investigação da questão da inovação na agricultura brasileira e sua transformação em agronegócios e desenvolvimento para o país é uma tarefa consideravelmente complexa. Para tal, são relatados os cenários de contradições da formação do agronegócio, o paralelismo no segmento tradicional e dual estrutural-tecnológico agrícola e os desafios para o desenvolvimento brasileiro. Fundamenta-se a investigação na dinâmica da teoria neo-schumpeteriana em que  profundas transformações e reestruturações ocorrem devido a interdependências complexas, competição, crescimento econômico e mudança estrutural, sendo a  inovação o link entre componentes estruturais (agentes, redes e instituições) de Sistema de Inovação (SI) para setores, regiões e países. As discussões estão focadas na participação do Estado como agente estratégico do SI e da dinâmica de desenvolvimento. Para isto, aprofundou-se na relevância do agronegócio brasileiro, na questão da inovação como estratégia para mitigar o crescimento econômico concentrado e desigual. Analisa-se também a evolução do sistema de C&T do Brasil e suas relações com o agronegócio. Por fim, são avaliados os dispêndios públicos na agricultura. Concluiu-se que embora possam existir avanços significativos em sistemas produtivos classificados como modernos, a evolução das Politicas de CT&I, a sistemática de organização e coordenação do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA) e os níveis de evolução dos dispêndios públicos em P&D na agricultura, não asseguram redução do dualismo estrutural-tecnológico, empecilhos relevantes à formação de um SI no agronegócio. E ainda, na dinâmica da economia de mercados os componentes estruturais do agronegócio tendem a investir em inovações nos segmentos mais competitivos vinculados às exportações. Portanto, há  necessidade da presença do Estado, que na economia evolucionária é agente fundamental, articulando  atores, redes, instituições,  buscando desenvolver conhecimentos, mobilizando  recursos, formando mercados, legitimando e influenciando a direção de pesquisas e no desenvolvimento de externalidades positivas, caso contrário, apenas crescimento econômico desigual.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here