ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DE INDIVÍDUOS COM DIABETES CADASTRADOS NO HIPERDIA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE BAIANA

O Diabetes Mellitus é um problema de saúde pública que provoca inúmeras internações. Este estudo avaliou à adesão ao tratamento medicamentoso de pacientes diabéticos cadastrados no programa Hiperdia em uma unidade de saúde do município de Jequié-Ba. Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo analítico e de corte transversal, que foi desenvolvido no Centro de Saúde Almerinda Lomanto e contou com 81 pacientes. Um formulário referente à aspectos sociodemográficos, hábito de vida e aspectos clínicos da doença foi aplicado, além dos testes de Morisky e Batalla, que avaliaram a adesão ao tratamento medicamentoso. A análise dos dados foi realizada pelo programa SPSS. A associação entre a adesão e as variáveis independentes foi analisada pelo teste de qui-quadrado (X2), a hipótese de associação foi aceita quando a probabilidade fosse ≤ 0,05. O perfil sociodemográfico demonstrou a maior prevalência de mulheres, idosos, solteiros, aposentados, com ensino fundamental incompleto e renda de 1- 2 salários mínimos. A adesão foi observada em 40,7% dos participantes, pelo teste de Batalla, e 51,9 % pelo teste de Morisky. Quanto à associação estatística, a adesão pelo teste de Morisky apresentou significância quando relacionada a renda, porém, pelo teste de Batalla, apenas a variável tabagismo foi significante. Não houve associação significativa entre as demais variáveis em ambos os testes. Os pacientes atendidos no Centro de saúde relataram dificuldade em aderir a terapêutica medicamentosa para diabetes, principalmente, por falta de informação sobre a doença e o tratamento, ressaltando a importância da comunicação dos pacientes com os profissionais de saúde.