
O SUJEITO SIMULADOR NA AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA FORENSE
Author(s) -
Francisco Valente Gonçalves,
António Augusto Pazo Pires,
Ângela Vila-Real
Publication year - 2017
Publication title -
direito em debate
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-6622
pISSN - 0103-9040
DOI - 10.21527/2176-6622.2017.47.332-349
Subject(s) - psychology , humanities , life span , style (visual arts) , span (engineering) , philosophy , art , gerontology , literature , medicine , civil engineering , engineering
A simulação é um dos comportamentos mais esperados e observados durante uma avaliação psicológica em contexto forense. A perspetiva teórica dos profissionais condiciona o seu foco clínico e métodos a aplicar. Contudo uma visão rígida poderá condicionar uma recolha de maior qualidade sobre o sujeito avaliado. Procurou-se analisar a literatura referente a dois conceitos associados ao comportamento de simulação, o conceito de impostor, referido pela teoria psicanalítica, e o conceito malingering , fundamentado por uma perspetiva cognitivo-comportamental. Assim, realizou-se uma revisão dos pressupostos considerados numa avaliação psicológica em âmbito forense, da noção de inimputabilidade no sistema jurídico português e dos conceitos impostor e malingering . O objetivo é o de juntar esforços e promover a interação dos profissionais de psicologia forense, ainda que, com quadros teóricos de referência distintos. Será a articulação de mais saberes que proporcionará uma compreensão de maior qualidade sobre os fenómenos em que o sujeito simulador está circunscrito? As conclusões sugerem a necessidade de olhar e analisar o sujeito através de diferentes perspetivas a fim de melhor categorizar e compreender os traços de comportamento associados ao comportamento de simulação e ao funcionamento psíquico do sujeito simulador.Palavras-chave: Avaliação psicológica forense, simulação, malingering.