z-logo
open-access-imgOpen Access
Nuvens invisíveis. A poética da latência e da nuance no conto “Nenhum, Nenhuma” de João Guimarães Rosa
Author(s) -
Marília Librandi-Rocha
Publication year - 2011
Publication title -
journal of lusophone studies
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.1
H-Index - 2
ISSN - 2469-4800
DOI - 10.21471/jls.v9i0.97
Subject(s) - humanities , philosophy , art
Este texto propõe os conceitos “latência” e “nuance” para descrever o efeito de suspensão criado pela cção de João Guimarães Rosa. No primeiro momento, definem-se os termos “latência” e “nuance” em relação à imagem das nuvens. Como matéria em suspenso sempre mutável, é impossível inscrever o movimento das nuvens em uma forma fixa, a não ser que se crie uma escrita latente, apta a captar a nuance das formas em morfose. Em seguida, analisa-se o conto “Nenhum, Nenhuma”, de Primeiras Estórias (1962), como uma pequena obra-prima da latência, mostrando que passado, presente e futuro se materializam simultaneamente na imagem enigmática que se busca entender: “nuvens são para não serem vistas;” imagem que parece delinear o inconsciente de uma sensibilidade estética pós-1945. 

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here