Divisão do reservatório superior, uma estratégia de redução de custos para sistemas de reuso em edifícios residenciais?

Dado que muitas edificações dividem sua caixa d'água superior em duas células, avaliou-se a possibilidade de manter uma com água de reuso, concentrando toda a reserva técnica de incêndio (RTI), e a outra concentrando a água potável. Essa opção de redução de custo teve sua viabilidade técnica analisada (frente à legislação aplicável), e seu desempenho econômico comparado com projeto padrão (reservatório adicional). Foram considerados dois cenários de reuso: água cinza proveniente do chuveiro e torneira do banheiro alimentando descargas e, captação de toda a água cinza do apartamento alimentando descargas, máquina de lavar roupa e limpeza das áreas comuns. Considerou-se edificação residencial de 16 andares com quatro unidades por andar (perfil R16-N CUB). O trabalho analisou a legislação e normas aplicáveis, os custos, assim como impactos na instalação no topo do edifício (ex. reservatório adicional e mudança nos barriletes). Os resultados indicam que foi possível a adaptação no uso das células atendendo-se às normas e legislações aplicáveis. Para o primeiro cenário de reuso (água cinza apenas do banheiro) com 3,48 R$/m3 de custo da água, tem-se uma TIR de 5,12% para projeto padrão (armazenamento em outra caixa d'água), sendo aumentada para 19,28% com o projeto de redução de custo (armazenamento em uma das células da RTI com água de reuso), elevando o VPL a valores positivos. No segundo cenário (utilização de toda água cinza da edificação) chegou-se a TIR de 20,74%, para o projeto padrão, e para 49,86% para o projeto com redução de custo (ambos VPL positivos).