
Saúde bucal de crianças com microcefalia associada ao Zika vírus
Author(s) -
Hannah Pereira Costa,
Kauana da Silva Andrade,
José Jhenikártery Maia de Oliveira,
Fábio Victor Dias Silva,
Artemisa Fernanda Moura Ferreira,
Camila Santos de Mattos Brito,
Rosa Virgínia Dutra de Oliveira,
Andréia Medeiros Rodrigues Cardoso
Publication year - 2021
Publication title -
archives of health investigation
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-3009
DOI - 10.21270/archi.v10i7.5375
Subject(s) - medicine , gynecology , humanities , art
Objetivo: descrever sobre as condições bucais das crianças com Microcefalia associada ao Zika vírus. Metodologia: Estudo transversal realizado com 13 crianças atendidas no projeto institucional e multidisciplinar "Atenção Integrada às crianças com microcefalia por Zika vírus" e seus respectivos cuidadores. Foi realizado entrevista com os cuidadores e de exame clínico bucal nas crianças, sendo coletados dados sobre características sociodemográficas e econômicas, hábitos de higiene, comportamentais e alimentares, assim como as características oclusais e os índices clínicos odontológicos (ISG, IPV e ceo-d). Os dados foram analisados de maneira descritiva e através do teste Wilcoxon no software Statistical Package for the Social Sciences, versão 20. Resultados: A maioria das crianças eram do sexo feminino (53,8%), entre 24 e 35 meses (76,9%) e a mãe era o principal cuidador (76,9%). Em relação aos hábitos das crianças, 61,5% apresentavam alimentação semissólida, com frequência de escovação diária de duas vezes ou mais (46,2%), utilizavam mamadeira (76,9%) e chupeta (53,8%). As crianças não apresentavam cárie, o ISG e IPV foram considerados satisfatórios. Além disso, 92,3% das crianças rangiam os dentes durante a noite, 61,5% apresentavam mordida aberta anterior, sobressaliência aumentada (84,6%) e cronologia de erupção alterada (84,6%) Conclusão: As crianças apresentavam erupção dentária tardia, presença de facetas de desgastes, chave de canino com classificação I, mordida aberta anterior e sobressaliência aumentada. Além disso, possuíam frequência de escovação satisfatória, alimentações semissólida, usavam mamadeira e chupeta. A partir dos índices odontológicos, observou-se que as crianças apresentavam uma saúde bucal satisfatória.