
CONTROLE DE BOTRYTIS CINEREA NA PÓS-COLHEITA DO MORANGUEIRO (FRAGARIA SP.) COM DIFERENTES ÓLEOS ESSENCIAIS
Author(s) -
Monalisa Cristina de Cól,
Elisiane Fachin Tozatti,
Talita Durante Bosetti,
I. Galon,
Ronaldo Paolo Paludo,
Volmir Kist,
Alessandra Farias Millezi,
Paulo Mafra de Almeida Costa
Publication year - 2020
Publication title -
anais da ... mostra nacional de iniciação científica e tecnológica interdisciplinar e ... mostra de pesquisa e extensão do ifc
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2316-7165
DOI - 10.21166/micti.v1i1.1555
Subject(s) - botrytis cinerea , horticulture , biology
O morango (Fragaria × ananassa) é uma cultura cultivada em todo o mundo, alcançando cerca de 372.000 hectares (ha), sendo no Brasil utilizado 390ha para cultivo com rendimento de 8.926,8 kg/ha. Dentre as doenças fúngicas o mofo cinzento, ocasionado pelo patógeno Botrytis cinerea, é considerado de maior importância na pós colheita do morango. Essas recorrentes deteriorações pós-colheita influenciam na comercialização e preço do produto. Para o controle do B. cinerea muitas vezes são necessárias repetidas pulverizações de fungicidas. Assim, como alternativa, o controle utilizando óleos essenciais (OEs) pode fornecer benefícios ao substituir ou complementar os fungicidas. Nesse contexto, o objetivo desse trabalho foi avaliar a eficácia dos OEs de cedro, canela, menta e alecrim contra B. cinerea. O experimento foi realizado in vitro e conduzido em delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 4 x 4 (óleo x concentração), com três repetições, avaliado em triplicata. Foram utilizados OEs de Cedrus atlantica (Cedro Atlas), Cinnamomum cassia (Canela), Mentha piperita (Menta Piperita), e Rosmarinus officinalis (Alecrim). Para os testesde suscetibilidade de B. cinerea aos OEs foi feita a inoculação do fungo em ágar BDA contendo cada óleo nas concentrações de 0,1, 0,2, 0,4 e 0,8%, seguido da incubação em BOD à 24ºC. As medições do diâmetro das colônias foram realizadas a cada 48 horas durante 10 dias. Os valores obtidos foram utilizados para o cálculo da porcentagem de inibição do crescimento micelial (PIC). Os dados foram submetidos à análise de variância (ANOVA) e as médias relativas aos diferentes tipos de OEs foram comparadas pelo teste Scott-Knott (p<0,05) e as médias relativas as diferentes concentrações dos OEs foram submetidas a análise de regressão utilizando o software R. A análise de variância demonstrou que houve efeito significativo (p< 0,05) da interação óleo x concentração sobre a variável PIC. Considerando a média geral, os valores de PIC foram de 68% para cedro, 74% para alecrim, 93% para canela e 94% para menta. Para os OEs cedro, canela e menta, o aumento da concentração não resultou em diferença significativa na porcentagem de inibição sobre o crescimento do fungo, sendo todas as concentrações consideradas fungitóxicas. Já o óleo essencial (OE) de alecrim, à medida que se aumentou a concentração, houve aumento na porcentagem de inibição. Para a concentração 0,1% os OEs de canela e menta apresentaram maior PIC que alecrim e cedro. Na concentração 0,4% de canela, menta e alecrim obteve-se PIC superior ao cedro, enquanto que nas concentrações 0,2 e 0,8% não houve diferença significativa de PIC entre os OEs. O estudo demonstrou que todos os OEs testados possuem atividade antifúngica contra B. cinerea, contudo, os OEs de menta e canela, nas condições propostas neste estudo, demonstraram ser a alternativa mais promissora, para estudos visando aplicações in vivo.