
Linha de cuidados no tratamento da asma: informações úteis para o gestor
Author(s) -
Marcos dos Santos,
Norma de Paula Motta Rubini,
João Reis Neto,
Juliana Busch,
Júlio Ferro,
Márcio Balzan,
Zuleid Matar,
Guilherme Crespo,
Wilson Follador
Publication year - 2021
Publication title -
jornal brasileiro de economia da saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2359-1641
pISSN - 2175-2095
DOI - 10.21115/jbes.v13.n2.p221-8
Subject(s) - medicine , humanities , gynecology , art
Realizou-se, no dia 29 de agosto de 2020, um encontro virtual com gestores, representantes de associações de pacientes e médicos prescritores envolvidos no tratamento da asma, com o objetivo de discutir a necessidade e a viabilidade da incorporação de novas tecnologias para o tratamento dessa patologia. A asma é uma enfermidade caracterizada pela inflamação crônica das vias aéreas. É a principal causa de absenteísmo escolar e laboral e estima-se que seja responsável por até cinco mortes diárias em nosso país. Em pesquisa efetuada em operadora de autogestão, com vidas espalhadas por todo o país, observou-se que essa patologia (associada à doença pulmonar obstrutiva crônica – DPOC) acomete quase 7% dos seus segurados e que a utilização do plano foi, nesse grupo, 1,9x maior para consultas, 1,6x maior para exames, 2,5x maior para terapias e 2,9x maior para internações, resultando em um aumento de 25,5% nos gastos assistenciais. Observou-se que é de elevada importância que o gestor tenha um profundo conhecimento de sua carteira e que priorize toda a linha de cuidado do paciente. Dessa maneira, atuando diretamente no controle da severidade da patologia, terão os melhores resultados de qualidade de vida e restringirão os doentes que necessitarão de medicações mais modernas e, também, mais caras, com resultado óbvio no controle de custos. A asma ainda não tem, em geral, para os gestores de operadoras de saúde privadas, no Brasil, uma importância tão grande na sinistralidade das suas carteiras. Os novos imunobiológicos são úteis e efetivos e alguma contrapartida por parte do fabricante, como, por exemplo, o compartilhamento de riscos, pode ser necessária para uma incorporação desse arsenal no Rol de produtos que serão disponibilizados para os pacientes que deles necessitarem