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Ritmos biológicos e fotoperíodo em peixes
Author(s) -
Galileu Crovatto Veras,
Luís David Solis Murgas,
Márcio Gilberto Zangerônimo,
Maíra Maciel Mattos de Oliveira,
Priscila Vieira e Rosa,
V. O. Felizardo
Publication year - 2013
Publication title -
archivos de zootecnia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.232
H-Index - 15
eISSN - 1885-4494
pISSN - 0004-0592
DOI - 10.21071/az.v62irev.1955
Subject(s) - biology , humanities , fish <actinopterygii> , physics , art , fishery
Os ritmos biológicos são definidos como qualquer evento que se repete de maneira regular em um organismo, sendo um evento cíclico caracterizado por um ambiente do qual o animal pode se adaptar. Os peixes, quando submetidos ao ciclo diário de luz/escuro do fotoperíodo demonstram um padrão de atividade locomotora que os podem classificar como diurnos, noturnos e crepusculares. Este ciclo de luz/escuro tem sido considerado um dos mais importantes fatores ambientais sincronizadores do ritmo biológico, sendo o fator chave para sincronização do ritmo de atividade em peixes. O ciclo alimentar também atua como um potente sincronizador sobre o controle da atividade locomotora. Este é demonstrado através da atividade alimentar antecipatória como ritmo biológico, isto é, a capacidade em que os peixes conseguem prever com habilidade e antecipar um recorrente evento que é a alimentação. Estas respostas antecipatórias à alimentação provavelmente funcionam sob um controle endógeno, onde os peixes precisam otimizar a captura do alimento, assim como os processos digestivos e metabólicos, para poder concentrar a ingestão de alimento em um menor intervalo de tempo, melhorando, portanto, a utilização dos nutrientes. O controle do relógio biológico em peixes é considerado como um multifotorreceptor e sistema multioscilador. A existência de um oscilador circadiano tem sido sugerida através da pineal, retina e o cérebro, estando estas estruturas envolvidas na transdução do sinal fótico para estabelecer um rítmo circadiano em peixes. O acoplamento entre essas estruturas pode variar em cada indivíduo de acordo com as condições fisiológicas e ambientais, resultando em uma plasticidade no sistema circadiano de peixes teleósteos. A manipulação do fotoperíodo com objetivo de aprimorar o crescimento dos peixes tem se tornado cada vez mais frequente dentro da produção de várias espécies de interesse comercial. O fotoperíodo, dentre outros fatores ambientais, é o que apresenta maior influência sobre o relógio biológico dos peixes ao afetar o ganho de peso, a ingestão de alimento, a eficiência alimentar, o gasto de energia, a atividade locomotora, a reprodução, bem como outros parâmetros fisiológicos relacionados ao estresse. Portanto, o controle e o conhecimento fisiológico deste ritmo biológico torna-se fundamental para otimização da produção de peixes.

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