
Do ateliê à Enciclopédia: a escola do homem de ciência
Author(s) -
Eliane Mimesse,
Luís Dário Sepulveda
Publication year - 1970
Publication title -
revista tempos e espaços em educação
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-1425
pISSN - 1983-6597
DOI - 10.20952/revtee.v0i0.2225
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo analisa a forma e a cultura da escola do douto. Visa entender o local de aprendizagem desse homem nos séculos XVI ao XIX. Estabeleceram-se três momentos de análise: o da investigação que teve início no barroco, quando o termo “homem de ciência” começou a ser difundido; a questão do método experimental como fruto do trabalho nos ateliês dos artesãos, que demonstraram que era possível o aprendizado sem o saber escolarizado; e a cultura do aprender-fazendo. Os principais autores utilizados para esclarecer esse processo foram Maravall (1997) por utilizar o termo “homem de ciência” como sinônimode conhecedor da cultura dos clássicos; Rossi (1991) para entendermos o surgimento desse “homem” a partir do uso do método experimental, que foi o conflito entre o conhecimento prático e o livresco; Rugiu (1998) por relatar a formação do aprendiz italiano até esse atingir o grau de mestre e, Cunha (2000) quando abordou a aprendizagem de ofícios artesanais e manufatureiros no Brasil no período estudado. Conclui-se que, muito mais que entender a forma e a cultura escolar do “homem de ciência” esse estudo possibilitou uma investigação das práticas de formação desse sujeito.