
CONTRA A PERFEIÇÃO, O MELHORAMENTO HUMANO OU PELA DÁDIVA? UMA ANÁLISE DOS ARGUMENTOS DE MICHAEL SANDEL SOBRE A ENGENHARIA GENÉTICA
Author(s) -
Murilo Mariano Vilaça
Publication year - 2021
Publication title -
síntese
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9389
pISSN - 0103-4332
DOI - 10.20911/21769389v48n152p779/2021
Subject(s) - philosophy , humanities , diva , biology , virology
No presente artigo, apresento e analiso criticamente os argumentos de Michael Sandel contra os usos não terapêuticos (ou melhoradores) da engenharia genética. Parto de considerações sobre algumas tendências presentes no debate bioético (seção 1) e do delineamento da vertente bioconservadora/antimelhoramento (seção 2), à qual Sandel está associado. Após, destaco o modo como ele utiliza o conceito de dádiva para criticar a perfeição/o melhoramento, aplicando-o a dois casos específicos, melhoramento genético de atletas e da descendência, retórica sobre a qual faço algumas ponderações críticas (seção 3). Com base nestas, concluo que o conceito de dádiva não é adequado para sustentar uma proscrição moral do biomelhoramento humano em sociedades livres e pluralistas.