z-logo
open-access-imgOpen Access
Aristóteles sobre os fundamentos éticos e os fins do Estado
Author(s) -
Friedo Ricken
Publication year - 2018
Publication title -
síntese
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9389
pISSN - 0103-4332
DOI - 10.20911/21769389v45n143p453/2018
Subject(s) - philosophy , humanities , state (computer science) , mathematics , algorithm
Segundo Aristóteles reunir-se em comunidade política (Estado) per­tence à natureza humana. Sua finalidade não pode ser senão contribuir para o bem comum dos indivíduos que a compõem, cujo fim é a virtude. O Estado promulga leis que prescrevem os comportamentos próprios das diversas virtu­des. Ora, a justiça, enquanto disposição habitual de praticar o direito significa querer cumprir as leis e a igualdade de todos. Neste sentido, ela abarca todas as virtudes. A lei é uma aplicação da constituição. Esta define o governante e o fim do Estado, que é o critério para avaliar os diferentes tipos de constituição. Uma constituição será justa na medida em que promova o bem comum e não o bem do governante, não, porém, em termos ideais. De fato, a virtude consiste num meio termo entre extremos, de modo que a constituição deve prescrever o que é possível para a maioria dos cidadãos e para a maioria dos Estados, visando à igualdade entre os seus membros. De fato, porém, há três grupos em cada Estado, os muito ricos, os muito pobres e os que possuem medianamente. Os dois primeiros grupos, enquanto levados pela ambição ou pela inveja, são causa de distúrbios e divisões. A melhor constituição será a que mais contribui para o crescimento da “classe média”, como fator de equilíbrio nas decisões do Estado.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here