
A CARTOGRAFIA GEOMORFOLÓGICA COMO SUBSÍDIO PARA A ANÁLISE DO RELEVO ANTROPOGÊNICO EM ÁREA DE MINERAÇÃO
Author(s) -
Letícia Giuliana Paschoal,
Cenira Maria Lupinacci,
Fabiano Tomazini da Conceição
Publication year - 2013
Publication title -
revista brasileira de geomorfologia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
SCImago Journal Rank - 0.222
H-Index - 5
eISSN - 2236-5664
pISSN - 1519-1540
DOI - 10.20502/rbg.v13i4.282
Subject(s) - humanities , physics , philosophy
Atividades de mineração estão diretamente relacionadas à alteração das paisagens naturais. Com o objetivo de analisar as alterações impostas à dinâmica geomorfológica através da ação antrópica em áreas de mineração de argila, foram selecionados dois fragmentos espaciais da bacia hidrográfica do Ribeirão Santa Gertrudes/SP, representativos de processos denudacionais e de sedimentação respectivamente. Esta área insere-se no contexto do Pólo Cerâmico de Santa Gertrudes/SP, que além de sua importância como fornecedora de matéria-prima, configura-se como o maior centro de referência internacional em pavimentos cerâmicos do continente americano. Para tanto, o desenvolvimento deste trabalho encontra respaldo na antropogeomorfologia amparada pela teoria geral dos sistemas e recorre a técnicas da cartografia geomorfológica evolutiva. Assim, produziram-se mapeamentos geomorfológicos referentes a três cenários, que datam de 1962, 1988 e 2006, na escala de detalhe de 1:10.000. Estes mapeamentos permitiram inferir uma averiguação detalhada da evolução das alterações ocorridas no relevo e na hidrografia, representativos da geomorfologia original (1962), que apresenta características de uma fase anterior a existência de grandes cavas de mineração; e sua evolução para um estágio geomorfológico antropogênico, representado pelos cenários de perturbação ativa datados de 1988 e 2006. Os dois últimos cenários analisados apresentam alterações nas dimensões das feições do relevo, se comparados com o cenário representativo da geomorfologia original, além de uma intensa realocação de materiais de superfície e subsuperficie, no qual a ação antrópica ganha destaque por se tornar responsável pelo esculpimento da paisagem por meio da imposição de mecanismos de controle aos processos naturais.