
Argamassas das ruínas do Matadouro Imperial de Santa Cruz
Author(s) -
Soraya Almeida,
Manuel Gustavo Silva Izaias
Publication year - 2020
Publication title -
terrae didática
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-4407
pISSN - 1679-2300
DOI - 10.20396/td.v16i0.8659625
Subject(s) - humanities , art
O Matadouro Imperial de Santa Cruz foi inaugurado em 1881 e era responsável pelo abastecimento da carne consumida na cidade do Rio de Janeiro. Após sua desativação, alguns de seus edifícios foram tombados como tipologias da revolução industrial no Brasil. Análises de argamassas de quatro dessas construções, hoje conhecidas como as “Ruínas do Matadouro”, identificaram quartzo e calcita como constituintes principais. Fragmentos de conchas e carvão revelam que a cal utilizada como aglutinante foi obtida por meio da calcinação de moluscos, uma técnica utilizada na região desde o século XVIII, quando a Fazenda Santa Cruz pertencia a Companhia de Jesus. Os dados técnicos integrados à pesquisa histórica indicam serem os depósitos sedimentares locais as fontes tanto das conchas como das areias utilizadas na formulação das argamassas. Os depósitos da Areia Branca e da Praia da Brisa, áreas atualmente urbanizadas, destacam-se como os mais prováveis locais de extração.