
Ciência, Poesia e Literatura: a Geologia Estética na Obra do Escritor Romântico José de Alencar
Author(s) -
Soraya Almeida
Publication year - 2018
Publication title -
terrae didática
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1980-4407
pISSN - 1679-2300
DOI - 10.20396/td.v13i3.8650961
Subject(s) - art , humanities
José de Alencar, principal nome do movimento literário romântico no Brasil, viveu entre 1829 e 1877, período em que a Geologia se consagrou como ciência e se tornou assunto de interesse também fora da comunidade cientifica. O escritor brasileiro não ficou insensível às questões geológicas e ao longo de sua obra são encontrados vários exemplos de Geologia Estética, que se torna mais relevante a partir de seu casamento com Georgina Cochrane, pertencente a uma família escocesa admiradora das montanhas e de sólida formação literária e científica. A personificação de rochas e montanhas e a utilização de vulcões como metáforas de sentimentos ocultos são as expressões mais contundentes nos romances de Alencar; suas visões estão em acordo com a percepção sombria manifestada por Thomas Burnet e pelos poetas britânicos em relação às rochas. Para Alencar, o granito é a “rocha” por excelência e, assim como Goethe, o escritor demonstra desconforto diante do modelo plutonista defendido por Hutton e Lyell.