
Bovinocultura de corte e SAN: percepção de sustentabilidade de agentes da cadeia
Author(s) -
Natália Salaro Grigol,
Mariane Crespolini dos Santos,
Marianne Aline Tufani Batista,
João Paulo Franco da Silveira,
Caio Augusto de Souza Mello Monteiro
Publication year - 2019
Publication title -
segurança alimentar e nutricional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-297X
pISSN - 1808-8023
DOI - 10.20396/san.v26i0.8653853
Subject(s) - humanities , political science , agricultural science , geography , philosophy , environmental science
A bovinocultura de corte é uma das principais atividades do agronegócio brasileiro e o consumo de carne bovina tem grande relevância para a garantia da segurança alimentar. No entanto, a baixa produtividade da maioria dos sistemas produtivos associa a atividade à importantes impactos ambientais e sociais – o que, por consequência, também desperta questionamentos acerca da segurança alimentar. Com base neste contexto e no quadro conceitual da Nova Economia Institucional, este estudo teve como objetivo identificar a percepção de agentes da cadeia da carne bovina em relação aos desafios da atividade e da sustentabilidade da produção. Foram realizadas 15 entrevistas não-estruturadas com agentes do setor. Os resultados apontam que o aumento de produtividade é percebido pelos entrevistados como o maior e mais imediato desafio da cadeia. Ainda que o uso de tecnologias venha crescendo, e a pecuária esteja se modernizando, a falta de visão de longo prazo, aliado ao perfil tradicional do pecuarista, aversão a risco e grande cautela em realizar investimentos foram pontos enfatizados. Sistemas de integração lavoura-pecuária ou lavoura-pecuária-floresta foram chamados de “tendência” no que se refere à incorporação de sustentabilidade na produção. Entretanto, os resultados evidenciam que a percepção da importância da sustentabilidade ambiental é secundária, a medida em que os esforços estão direcionados para a sustentabilidade econômica da produção. Ainda assim, as sinergias produtivas dos sistemas de integração podem ser “portas de entrada” para o debate da sustentabilidade em suas múltiplas dimensões.