z-logo
open-access-imgOpen Access
O peixe e a saúde: das recomendações para o consumo às possibilidades ambientais de atendê-lo
Author(s) -
Julicristie Machado de Oliveira
Publication year - 2015
Publication title -
segurança alimentar e nutricional
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-297X
pISSN - 1808-8023
DOI - 10.20396/san.v20i1supl.8634592
Subject(s) - humanities , food consumption , art , economics , agricultural economics
As demandas pelos peixes sofreram alterações nos últimos anos, especialmente devido à associação entre a ingestão deste item aos benefícios à saúde. O objetivo desta reflexão é problematizar estas questões, a partir de um paralelo entre as recomendações nutricionais, a pressão pelo consumo e as possibilidades ambientais de atendê-lo. As instituições nacionais e internacionais recomendam a ingestão de porções que variam de 75-112 g de peixes, ao menos duas vezes por semana. Estudos epidemiológicos e sócio-antropológicos apontam que o consumo de peixe está inserido em um padrão moderno de consumo alimentar e associado a melhores condições socioeconômicas, e é considerado nos discursos como “comida de rico”, “comida grã-fina”, “...coisas importadas, o que é de melhor”. As estimativas apontam um consumo de pescados de 8,3 a 10,0 kg/pessoa/ano no Brasil, considerados abaixo do recomendado, 12,0 kg/pessoa/ano. A divulgação científica sobre os benefícios da ingestão dos ácidos graxos poliinsaturados ômega-3, aliada à grande exploração da mídia, potencializam a busca por peixes, especialmente o salmão e o atum. Porém, na contramão destas pressões, estudos são produzidos para se discutir de forma mais aprofundada os impactos ambientais das demandas por estes alimentos, evidenciando as relações de interdependência entre padrões de consumo e as impossibilidades ambientais..

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here