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A escrita subversiva de “n. d. a.”
Author(s) -
João Batista Costa Gonçalves,
Marcos Roberto dos Santos Amaral
Publication year - 2019
Publication title -
rua
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-9911
pISSN - 1413-2109
DOI - 10.20396/rua.v25i1.8655547
Subject(s) - humanities , philosophy , art
A escrita compreendida conforme deriva estrutural que dissemina sentidos através do deslocamento de relações entre fontes e marcas escriturais configura uma problematização de concepções logocêntricas do ato de escrever e sua legibilidade, as quais se fundamentam, sobretudo, em noções de representação, identidade, autoria e tessitura textual canônica. Nesse sentido, problematizaremos, neste artigo, como a escrita de “n. d. a.”, de Arnaldo Antunes, estrutura-se por relações de sentido que dispensam imperativos de criação que rastreiem uma fonte produtora e um sentido estável, por meio da assunção de imagens do realismo grotesco (BAKHTIN, 1987). Para tanto, fundamentamo-nos em Derrida (1972), especificamente, quando trata da questão da escritura como marca em deriva e da relação dessa questão com a da assinatura; e Bakhtin (1987), quando trata do princípio material e corporal da cultura cômica popular. Enfim, pretendemos indicar que as relações escriturais desconstrutoras características das poesias de “n. d. a.” tecem-se pelo descentramento de práticas de produção discursiva pautadas em relações de sentido reduzidas à identificação de intenção autoral a um texto e à organização de formas discursivas referenciais e objetivas.

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