
O estado e as políticas de nacionalização da infância nas escolas étnicas do Paraná
Author(s) -
Valquíria Elita Renk
Publication year - 2013
Publication title -
revista histedbr on-line
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1676-2584
DOI - 10.20396/rho.v13i52.8640236
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
No Paraná, até 1938, as escolas étnicas existiam a margem do Estado, com uma organização muito específica, cujos conteúdos escolares eram ministrados na língua materna do grupo, assim, como também a história, a geografia. Adotavam livros escolares na língua de origem do grupo e muitos alunos desconheciam ou poucos conheciam da língua portuguesa, apesar de serem brasileiros. Nesta pesquisa objetiva-se analisa o processo de nacionalização destas escolas e também os processos de resistência que estes grupos étnicos apresentaram às medidas implementadas pelo Estado para nacionalizar a infância. As fontes de pesquisa são os documentos oficiais, como a legislação educacional, os Relatórios e Mensagens de Governo, os arquivos particulares das instituições de ensino, também as entrevistas e depoimentos daqueles que eram alunos destas escolas em 1938, e vivenciaram a nacionalização compulsória. As fontes possibilitam o cotejamento das informações e analisar o processo de nacionalização destas escolas. Através da análise histórica será possível entender a importância da manutenção da cultura étnica para as escolas e do ensino da língua nacional, para o Estado. Desde 1909 até 1938, a legislação educacional obrigava o ensino em português, criava formas de homogeneização do ensino, para integrar estes alunos á cultura nacional,simultaneamente as escolas étnicas organizavam formas de resistência para manter a cultura. Apesar dos mecanismos de controle do Estado sobre os professores e a organização escolar, a nacionalização só se efetivou em 1938, com o fechamento das escolas étnicas.