Caracterização da epidemiologia e perfil de resistência bacteriana e a conduta médica adotada para as Infecções do Trato Urinário não complicadas de origem comunitária em um pronto atendimento

O presente estudo busca traçar o perfil de sensibilidade do principal causador de ITU’s e compreender a conduta médica adotada para casos de ITU’s não complicada de origem comunitária. Para isso, foi feito o levantamento de prontuários de atendimento durante o 1º semestre de 2017 e o levantamento de todas as uroculturas positivas para E. Coli no período de 01/10/2015 a 30/09/2017. A hipótese que motivou, e foi provada no estudo, foi de que uma vez que não existe protocolo de tratamento de ITUs na Unidade de Atendimento Referenciado (UER) do Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (HC/UNICAMP), muitas culturas seriam solicitadas sem necessidade; que não haverá uma prescrição padrão seguindo o que está recomendado pelo Ministério da Saúde; e haverá um número grande de bactérias resistentes ao antibiótico prescrito. Com os dados obtidos até então não é possível distinguir um padrão entre os atendimentos realizados no PS-UER HC/UNICAMP para hipótese diagnóstica de ITU não complicada, evidenciado pela divergência importante na prescrição e duração de tratamentos antimicrobianos, tratamentos complementares e exames. Tal fato é alarmante pois infecções de trato urinário são uma das causas de infecção mais frequente na população e estão sujeitas a aquisição de resistência com grande facilidade e em muitos casos as opções terapêuticas estão restritas.