
Determinação do teor total de Arsênio em água, sedimentos, plantas, alga, fitoplâncton e zooplâncton de lagoas alcalinas do pantanal da Nhecolândia
Author(s) -
Erick Christian Rodrigues de Jesus,
Anne Hélène Fostier,
Amaury Hechavarría Hernández
Publication year - 2018
Publication title -
revista dos trabalhos de iniciação científica da unicamp
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2596-1969
DOI - 10.20396/revpibic262018388
Subject(s) - biology , physics
A Nhecolândia, uma sub-região do Pantanal, possui cerca 15.000 lagoas, sendo que cerca de 500 delas são de caráter salino-alcalino (8,5<pH<10,5). É importante destacar a presença natural do arsênio (As) nessas lagoas alcalinas, nas quais já foram medidas concentrações de até 3,7 mg As L-1 na coluna de água, enquanto o limite de concentração para águas de Classe 2 é de 10 µg L-1 para água doce e de 69 µg L-1 para águas salinas (Portaria 357/2005, CONAMA). Foram analisadas amostras de água, sedimentos, alga, plantas, zooplâncton e fitoplâncton, provenientes de 7 lagoas. As amostras foram digeridas em meio ácido, em forno de microondas e o As determinado por Geração de Hidreto acoplado à espectrometria de fluorescencia atômica (HG-AFS). As concentrações de As variaram entre 0,053 e 2,92 mg L-1 na água, 2,92 e 20,05 mg kg-1 no sedimento, 22,69 e 86,94 mg kg-1 no fitoplâncton, 16,9 e 75,8 mg kg-1 no zooplâncton, 4,53 a 27,55 mg kg-1 nas plantas, e a alga continha 34,78 mg kg-1. Altos pH favorecem a solubilidade do As e limita a sua adsorção sobre partículas, o que explica as baixas concentrações encontradas no sedimento. Os resultados mostram também um fator de bioacumulação (FB) do As em relação à água de até 427 no fitoplâncton e 318 no zooplâncton. Na alga, o FB foi de 656.