
“La catedral y el río”: Sobre Ocnos, de Luis Cernuda
Author(s) -
Ivan Martucci Forneron
Publication year - 2017
Publication title -
remate de males
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2316-5758
pISSN - 0103-183X
DOI - 10.20396/remate.v37i2.8649151
Subject(s) - humanities , art , philosophy
O artigo procura apresentar Ocnos, última obra do poeta espanhol Luis Cernuda (1902-1963), a partir dos elementos constitutivos de um dos seus capítulos/cantos/fragmentos, intitulado “La catedral y el río”. A composição do referido texto – e de todo o livro – incorpora traços de crônica, poesia, memória, relato, carta, fragmento, écfrase e conto. Seu caráter formal instável insere a obra num campo de difícil demarcação – categoria ou gênero literário –, por isso quase sempre é reduzida como obra literária, quando se lhe atribui a etiqueta de prosa poética, de memória e afins, deixando de considerar que uma obra, ao repelir rótulos, ainda que não sejam depreciativos, reafirma a potência literária do contraditório e do inominável.