
MCNIVEN, Ian J. RUSSEL, Lynette (2005): Appropiated pasts. Indigenous peoples and the colonial culture of archaeology. Walnut Creek. Altamira Press. 317 p.
Author(s) -
Ana María Mansilla Castaño
Publication year - 2015
Publication title -
revista arqueologia pública
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2237-8294
DOI - 10.20396/rap.v1i1.8635824
Subject(s) - humanities , indigenous , art , ecology , biology
Os títulos dos capítulos identificam já as differentes teorias que, sob o ponto de vista teórico, têm apoiado o colonialismo no discurso arqueológico. Sincronicamente são analisados os discursos desde as primeiras teorias que configuraram a própria disciplina até hoje. O segundo objetivo do livro, depois da análise de como o discurso arqueológico, juntamente com outros, tem contribuido e contribui ao colonialismo, que é oferecer alternativas para uma prática arqueológica descolonizada, se resolve rapido demais, uma vez que têm sido apresentadas questões terminológicas e conceituais de grande interesse, como a proposta de desconstrução do termo “Pré-História”. Isto porque, o sentido de tempo anterior à história resulta ofensivo para as populações indígenas que entendem que nenhum povo é povo sem história. Perante os termos de “community archaeology” e “shared history”, que enfatizam as relações entre os arqueólogos e as comunidades locais, os autores sugerem sua sustituição pelo termo de “partnership research”. Aborda-se o caso australiano, mas nas frequentes referências a outras colonias de povoamento sente-se a falta de algumas experiências no contexto da America Latina e não apenas o olhar anglo-saxâo. O que não retira valor à sugestiva e exaustiva análise crítica das conflitivas relações entre a arqueologia e a sociedade contemporânea.