
Educação para a conscientização
Author(s) -
Ana Luiza Rocha do Valle,
Franciele Busico
Publication year - 2021
Publication title -
revista arqueologia pública
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2237-8294
DOI - 10.20396/rap.v16i2.8666548
Subject(s) - politics , humanities , philosophy , governo , political science , law
Paulo Freire nasceu em 1920, em Recife, Brasil. Em 1947, ele começou a trabalhar com adultos analfabetos no Nordeste do Brasil, e gradualmente aprimorou um método de trabalho com o qual a palavra conscientização* tem sido associada. Até 1964, ele era professor de História e Filosofia da Educação na Universidade de Recife e, nos anos sessenta, se envolveu em um movimento de educação popular para lidar com o analfabetismo em massa. A partir de 1962, houve ampla experimentação do seu método e o movimento estendeu-se com o apoio do Governo Federal, de modo que em 1963-64 havia cursos para coordenadores em todos os estados brasileiros e desenhou-se um plano para que 2000 Círculos de Cultura fossem estabelecidos, visando alcançar 2.000.000 de analfabetos!Freire foi preso após o golpe de estado de 1964, em função do que a “nova ordem” considerou como elementos subversivos em seu trabalho como professor. Ele partiu em seguida para o exílio no Chile, onde seu método foi utilizado e a School of Political Sciences, da ONU, apresentou seminários sobre seu trabalho. Em 1969-70, ele foi Professor Visitante no Center for the Study of Development and Social Change, de Harvard. Em 1970 ele assumiu o posto de consultor especial no Escritório de Educação do Conselho Mundial de Igrejas, em Genebra.Professor Freire é casado e tem cinco filhos. Seus textos incluem vários livros e artigos em português, francês, espanhol e alemão. Em inglês, a Harvard Education Review(em maio e setembro de 1970), publicou Cultural Action for Freedom e, em novembro de 1970, a Herder & Herder, em Nova York, publicou Pedagogy of the Oppressed.Esta entrevista ocorreu em Genebra, aos 15 de novembro de 1970.