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A celebração da utopia contemporânea do capitalismo
Author(s) -
Rebeca Sánchez
Publication year - 2011
Publication title -
parc
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1980-6809
DOI - 10.20396/parc.v2i7.8634588
Subject(s) - humanities , utopia , art , art history
Os anos 1960 e 1970 foram marcados por uma crítica à urbanidade existente através da arquitetura experimental, super focada em tecnologia e computação; já os anos 80 e 90, quando um modelo de cidade contemporâneo se consolidava, deram lugar ao surgimento de uma nova discussão baseada no valor da história e cultura local, com forte apelo nostálgico: o Novo Urbanismo. Pode-se considerar tanto a arquitetura experimental quanto o Novo Urbanismo formas de utopia arquitetônica; no entanto, a última, apesar de não ter muitos exemplos, é uma utopia provável e consolidada, totalmente inserida no capitalismo. E é por isso que consegue progredir dentro de cada cidade idealizada. Proponho neste trabalho estudar a urbanidade criada por Walt Disney e sua Empresa, tanto na questão dos parques temáticos, mas principalmente na cidade de Celebration, FL, USA, dentro do conceito de Novo Urbanismo e também no contexto das “ressemantizações” do pós-modernismo designadas por Manfredo Tafuri. Mostrá-la como um exemplo que, ao contrário de utopias dos anos 60, baseadas em arquitetura experimental de aspecto tecnológico exacerbado, constitui-se em nova linguagem arquitetônica, ainda que irreal. Ainda, entendê-la como um projeto baseado nos princípios de uma Empresa, e também como reprodução em escala maior de uma ideia do gênio Walt Disney, que pensava na urbanidade de seus parques temáticos a fim de criar locais em que se estabelecessem relações diferentes daquelas das cidades de seu tempo, locais que estimulassem percepções e sensações únicas, afetando inclusive a psicologia de seus visitantes, transformando o que se entende por uma cidade típica do século XX – ideia essa transmitida da Main Street fictícia para uma Main Street real. Pretende-se enfatizar principalmente a relação de Celebration com o sistema capitalista de consumo, relacionado ao discurso de Tafuri, bem como sua validação como cidade.

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