
Identidade e invisibilidade: escritoras dos oitocentos no processo descolonial
Author(s) -
Marlene Rodrigues Brandolt
Publication year - 2017
Publication title -
revista memorare
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2358-0593
DOI - 10.19177/memorare.v4e3-i2017190-204
Subject(s) - humanities , sociology , philosophy
proposta ora delineada objetiva rever o modo como as escritoras oitocentistas Maria Benedita Câmara Bormann, em Celeste, de 1893, e Andradina América de Andrade e Oliveira, em Divórcio?, de 1912, com suas temáticas atentas às mudanças sociais e políticas, pensam a relação de homens e mulheresa partir da superioridade marcada por identidadesque se colocam umas sobre outras. As autoras, conterrâneas e vivendo, em certo momento, numa mesma época, tratam de refazer os papéis formatados pelo colonialismoaoproduzirem umaliteratura, considerandoa possibilidade de a mulher ocupar o território de sujeitos de suas próprias estéticas. A postura feminista, definida em suas narrativas, sugere reflexões acerca da descolonialidade do poder, atualmente discutidas por Eduardo Restrepo, Zulma Palermo e Rita Segato entre outros pesquisadores.