Remanescentes das Missões Jesuítico-Guaraní no Rio Grande do Sul: da pedra e cal à paisagem cultural

O patrimônio material e imaterial das Missões, simbolizado pelas ruínas de São Miguel Arcanjo, recebeu todas as formas de reconhecimento e valorização patrimonial ao longo de muitas décadas: tombadas como Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, nomeadas como Patrimônio Mundial pela Unesco, registrada como Patrimônio Cultural do Brasil, associada ao reconhecimento como Referência Cultural Brasileira, Patrimônio Cultural do Mercosul e talvez, no futuro, possa vir a ser chancelada como paisagem cultural. Para isto, é necessário dar continuidade ao processo de conhecimento dos patrimônios não consagrados, ao conhecimento dos seus significados e valores, e às relações dinâmicas existentes. A relevância da experiência Jesuítico-Guarani e sua influência sobre a formação cultural do estado, com o tempo, receberam novas contribuições, enriqueceram-se e se diversificaram. Esses aportes são coerentes com o conceito de paisagem cultural que pela sua amplitude, agrupa diversos municípios em torno do projeto de valorização de um território, além de pressupor o diálogo entre distintos grupos sociais.