
A semiótica das imagens-pulsão no filme Cisne Negro (2010)
Author(s) -
Rafael Wagner dos Santos Costa
Publication year - 2021
Publication title -
intexto
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1807-8583
DOI - 10.19132/1807-8583202152.109455
Subject(s) - humanities , art , thickening , temple , philosophy , materials science , history , ancient history , polymer science
Este artigo tem como objetivo analisar, sob o viés teórico de Charles Sanders Peirce, a constituição das imagens-pulsão presentes no filme Cisne Negro (2010), de Darren Aronofsky. Para tanto, entendemos que a imagem-pulsão, tipo de imagem-movimento criada e desenvolvida por Gilles Deleuze, é formada pelo mundo originário e pelo meio derivado, podendo ser entrópica e/ou cíclica. São as pulsões do bem e do mal, corporificadas nas figuras do cisne branco e do cisne negro, que permeiam o longa-metragem de Aronofsky. Assim, através da análise de cenas e fotogramas, abordamos como se dá a manifestação e o funcionamento dessas imagens-pulsão pelo prisma semiótico. Concluímos, corroborando a hipótese de Deleuze, que a imagem-pulsão se encontra entalada entre uma imagem-afecção e uma imagem-ação pelo fato desse signo cinematográfico não constituir necessariamente um ícone ou um índice, mas ocupando um espaço alocado no vácuo entre os dois, instaurando, dessa forma, uma sensação constante, compreendida no limiar entre um fenômeno de primeiridade e outro de secundidade peirceana.