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Flexibilidade como Direcionador de Uso dos Instrumentos de Derivativos no Brasil
Author(s) -
José Carrera-Fernandes
Publication year - 2008
Publication title -
contextus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2178-9258
pISSN - 1678-2089
DOI - 10.19094/contextus.v3i2.32065
Subject(s) - humanities , physics , philosophy
Este trabalho buscou investigar a possível influência de fato- res na utlização dos instrumentos de derivativos. Em parti- cular, a pesquisa procurou analisar se percepções sobre sub- tipos de flexibilidade de produto (flexibilidade de cláusulas, flexibilidade de proteção, flexibilidade de estrutura e flexibili- dade de anonimato) podem estar associados à freqüência de uso de derivativos. A partir de uma amostra de 102 profissi- onais da área financeira, respondentes de um questionário, foram realizadas análises para testar as hipóteses da pesquisa. Considerando a análise de regressão utilizada, apesar de os resultados não serem significativos do ponto de vista estatís- tico, sugerem que, com relação aos contratos de swaps, a flexibilidade das cláusulas é mais relevante na freqüência de uso. De maneira análoga, para os contratos a termo, a flexibi- lidade de proteção parece constituir fator mais relevante. Com relação aos contratos futuros, as flexibilidades de cláu- sula e de proteção surgem com coeficientes diferentes de zero na regressão dando indícios da influência destes sub-tipos de flexibilidade na freqüência de utilização do derivativo. Final- mente, para os contratos de opções, não se observou relacio- namento adequado entre sub-tipos de flexibilidade de pro- duto e o seu grau de utilização. Uma possível causa pode ser a complexidade destes instrumentos que torna menos freqüente sua utilização, mesmo tendo diversas características de flexibilidade. Dadas as limitações metodológicas do estu- do como, por exemplo, baixo número de observações na amostra e violações dos dados às premissas das técnicas estatísticas, os resultados não podem ser generalizados. Apesar das limitações, a pesquisa abordou o tema sob uma perspectiva, dentro da literatura sobre uso de derivativos, pouco explorada. Outros estudos comumente analisam o porte da empresa, o segmento de atuação, o nível de exposi- ção a riscos, o grau de endividamento e o tipo de perfil de investimentos da empresa como fatores determinantes do uso de derivativos. Estes fatores são avaliados sob uma perspectiva interna, focando nas características da empresa. Neste estudo, porém, parte-se de uma perspectiva externa à empresa. Mais especificamente, este trabalho tenta estabelecer o uso de derivativos como uma função das características dos derivativos e não da empresa.

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