
Vitrúvio, Albert e o poder
Author(s) -
Me. Carolina da Rocha Lima Borges
Publication year - 1969
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1679-0944
DOI - 10.18830/issn.1679-0944.n16.2016.15
Subject(s) - humanities , art , philosophy , physics
O conceito de Vitrúvio sobre o ornamento enquanto elemento que confere caráter ao edifício, e consequentemente à cidade, serviu de base para o tratado de Alberti. Ambos os arquitetos entendem o ornamento como linhas compositivas que ganham legitimidade no momento em que possuem um caráter utilitário e simbólico na arquitetura. O utilitário pode ser entendido desde aqueles elementos ornamentais que também respondem a uma necessidade prática, como aqueles que asseguram um caráter cívico na edificação, contribuindo para a organização e para o decoro da cidade. Enquanto elementos que completam o belo estrutural na arquitetura clássica, os ornamentos são teoricamente determinados por cânones de proporção e harmonia. Na prática, ornamentos em edifícios públicos possuem uma retórica muitas vezes persuasiva, podendo funcionar como ferramenta de dominação e legitimação de uma classe dominante.