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Juventude e políticas públicas: bônus ou oportunidades, perdidas?
Author(s) -
Elda Coelho de Azevedo Bussinguer,
Edilene Souza da Silva Neves
Publication year - 2016
Publication title -
revista de direitos e garantias fundamentais
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2175-6058
pISSN - 1980-7864
DOI - 10.18759/rdgf.v17i2.921
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Tem como objetivo desenvolver reflexões sobre a relação entre a composição da juventude nas últimas décadas no Brasil e a configuração das políticas públicas para esse segmento. Parte do pressuposto de que a juventude, é um fenômeno social complexo e está inserido em uma realidade/concretude sócio-histórica que reflete as tensões, conflitos e contradições constitutivos da sociedade capitalista. A análise é desenvolvida a partir da fronteira entre três campos do saber: sociologia, demografia e política. Com a demografia debate os números, a configuração do fenômeno da onda jovem por meio das coortes juvenis e seus impactos, problematizando esse processo com os conceitos de bônus demográfico e janela de oportunidades. A partir da sociologia analisa tanto o impacto do volume dessas coortes juvenis, quanto as representações de jovens no desenho das políticas públicas. Utiliza como parâmetro de análise de dados dois documentos de diagnósticos sobre ‘juventudes’ brasileira, produzidos por instituições do governo federal em momentos distintos - CNPD 1998 e SAE/PR/IPEA 2013 - como forma de entender o cenário de composição da transição demográfica e a transformação da estrutura etária das últimas décadas. Questiona se as políticas públicas e ações do governo desenvolvidas no decurso do tempo transcorrido entre os dois diagnósticos, considerou realmente o impacto e a importância desse fenômeno que, segundo, os demógrafos, ocorre apenas uma vez na história dos países. Conclui-se que, para além da dimensão demográfica, a juventude, como um fenômeno social complexo, na medida em que, tanto em nível de fetiche de mercadoria, como de exploração do trabalho, é apropriado pelo capitalismo, ficando as políticas públicas na busca do alcance da realidade desse fenômeno.

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