Nas escolas rurais de Acrelândia, garantia de acesso à segunda etapa

O relato descreve o Projeto Escolas Rurais Centralizadas realizado na cidade de Acrelândia, uma reserva extrativista do látex, no Acre. O desafio era garantir o acesso dos adolescentes, jovens e adultos ao segundo segmento do Ensino Fundamental. A agricultura de sobrevivência, como única fonte de renda, necessita da contribuição das crianças e, ao mesmo tempo, promove uma migração de jovens não qualificados para a sede do município em busca de novos trabalhos. Os desafios principais eram a reprovação e desistência dos alunos e a existência de professores leigos e sem capacitação para atender a todas as séries ao mesmo tempo. O projeto efetivou o sistema de transporte escolar e, principalmente, reorientou o currículo por módulos disciplinares semestrais e passou a funcionar aos finais de semana, em regime de semi-internato. Essas ações se concretizaram na Escola Centralizada para Filhos de Seringueiros, mérito da parceria da Secretaria Municipal de Educação, outras instâncias governamentais e com a luta dos seringueiros, organizados em associação de classe.