
Política Nacional de Atenção Básica (2017): um golpe político-ideológico do capital
Author(s) -
Marcos Aurélio Maeyama,
Camilla Macedo Cortez,
Gabriela Goedert de Souza,
Grazielle Bohora Silva Gonçalves,
Jeniffer Kelen Santos Machado,
Taís Nogara Novaes de Carvalho,
Júlio César Corazza,
Plínio Augusto Freitas Silveira,
Inajara Carla Oliveira
Publication year - 2020
Publication title -
inova saúde
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2317-2460
DOI - 10.18616/inova.v9i2.4386
Subject(s) - political science , humanities , philosophy
Para responder a integralidade da atenção, o modelo de organização do SUS escolhido pelo Ministério da Saúde (MS) foi o da Atenção Primária à Saúde (APS), posteriormente no Brasil, denominada de Atenção Básica à Saúde (ABS). O motivo da denominação ABS foi pela tentativa de se diferenciar dos modelos seletivos internacionais, apostando num modelo de APS como estratégia estruturante do sistema. Desde sua implantação, a ABS acumula períodos de evolução e estagnação, tanto no que se refere à cobertura, quanto ao modelo adotado pelas equipes. Esses movimentos estão intimamente relacionados com a macro política adotada pelo MS para a APS apontada por meio de políticas e programas propostos. Nesse sentido, este artigo teve o objetivo de analisar as principais mudanças contidas na nova Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), publicada em 2017, a partir de seu contexto histórico e político. Os resultados demonstraram que a nova PNAB, fruto de um movimento político-ideológico hegemônico, apresenta mudanças importantes quanto à estrutura das equipes, organização do processo de trabalho e financiamento, que fragilizam a consolidação da ABS como proposta abrangente para estruturação do sistema de saúde, dificultando o desenvolvimento da integralidade da atenção; e sugere que é necessário militância e participação social para que a política de saúde de fato responda aos interesses e necessidades da população.