
USO DA DORAMECTINA NO TRATAMENTO DA DEMODICOSE CANINA: RELATO DE CASO
Author(s) -
Lívia Silva Jacomine,
Álvaro José Bittencourt Bastos,
Denise Aparecida da Silva,
Flávia de Souza Barbosa Dias
Publication year - 2017
Publication title -
acta biomedica brasiliensia
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2236-0867
DOI - 10.18571/acbm.147a
Subject(s) - medicine
A demodicose ou sarna demodécica é uma dermatoparasitose não contagiosa e ocasionada por uma reação cutânea inflamatória relacionada à multiplicação excessiva do ácaro Demodex canis. As causas da doença não estão totalmente definidas, entretanto, a baixa imunidade é um fator que predispõe a doença. A classificação da demodicose baseia-se na localização corpórea do animal, sendo localizada ou generalizada. O prognóstico é variável. Os sinais clínicos são alopecia, eritema, descamação, hiperpigmentação, liquenificação, febre e linfoadenopatia. O diagnóstico é realizado através de raspado cutâneo, impressão em fita de acetato, tricograma ou biópsia de pele. O tratamento há décadas foi realizado através do uso do amitraz, porém, além da toxicidade, o uso inadequado desse fármaco ocasionou em desenvolvimento de resistência. Atualmente, as lactonas macrocíclicas, tais como ivermectina, doramectina, milbemicina oxima e moxidectina vêm sendo empregadas com sucesso em cães. Entretanto, cães das raças dolicocéfalas, tais como Collie e Pastor Alemão, dentre outras, manifestam reações tóxicas graves com o uso da ivermectina. Assim, o objetivo desse trabalho foi relatar um caso do uso da doramectina na dose de 0,6 mg/kg, via oral a cada 72 horas, durante 60 dias no tratamento da demodicose generalizada em um cão da raça Pastor Alemão. Os resultados obtidos demostraram a melhora clínica do animal e nenhum efeito adverso foi clinicamente observado. Concluindo, não obstante a demodicose ser uma doença clínica desafiadora, o uso da doramectina demostrou vantagens pelo maior intervalo de administração, redução na duração do tratamento e a ausência de reações adversas, comuns as avermectinas quando usadas em animais dolicocéfalos.