
Unidades Básicas de Saúde em Teresina-PI e o acesso da população LGBT: o que pensam os médicos?
Author(s) -
Edson Oliveira Pereira,
Breno de Oliveira Ferreira,
Gabriella Sorgatto do Amaral,
Camila Vital Cardoso,
Cláudio Lorenzo
Publication year - 2017
Publication title -
tempus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1982-8829
DOI - 10.18569/tempus.v11i1.1812
Subject(s) - humanities , political science , philosophy
Este estudo teve como objetivo investigar a percepção de médicos de Unidades Básicas de Saúde de Teresina, considerada uma das mais homofóbicas capitais brasileiras, sobre o acesso e qualidade da atenção à população LGBT. Trata-se de uma análise qualitativa de discurso sobre entrevistas semiestruturadas com profissionais médicos de sete unidades de saúde selecionadas por sorteio entre as 22 existentes na cidade e fundamentada no método hermenêutico-dialético. Quatro principais categorias analíticas emergiram: 1. Percepção confusa entre universalidade e equidade, 2. Patologização e percepção de anormalidade na condição, 3. Negação de barreira ao acesso e imputabilidade da ausência de procura do serviço aos próprios sujeitos, e 4. Baixa demanda do grupo LGBT ou invisibilidade da condição. Conclui-se que um dos principais desafios à implementação da política nacional de saúde dirigida a esta população continua sendo os estigmas e preconceitos incorporados nas subjetividades dos profissionais, os quais dificultam a compreensão de direitos e as razões da existência de políticas compensatórias.