
Condições de saúde de detentos em um presídio da região meio oeste Catarinense
Author(s) -
Rosemari Santos de Oliveira,
Líncon Bordig Somensi,
Claudriana Locatelli
Publication year - 2021
Publication title -
revista família, ciclos de vida e saúde no contexto social
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 2318-8413
DOI - 10.18554/refacs.v10i1.5123
Subject(s) - medicine , gynecology , humanities , human immunodeficiency virus (hiv) , philosophy , family medicine
Este é um estudo descritivo, retrospectivo, transversal e quantitativo, realizado em 2019 através da análise dos prontuários das pessoas privadas de liberdade no município de Caçador–SC, com objetivo de analisar as condições de saúde da população carcerária. Coletaram-se dados sociodemográficos, histórico de hábitos e vícios, doenças, uso de medicamentos, realização de teste rápido e consultas médicas. A análise se deu por estatística descritiva e ocorreu através do teste de Qui-quadrado. Considerou-se prontuários de 266 detentos (com superlotação), sendo: maioria do sexo masculino (96,24%); 20 a 39 anos (72,26%); pardos (48,04%) e brancos (44,53%); desempregados (45,7%); solteiros (61,57%), baixa escolaridade (52,94% até fundamental); uso de benzodiazepínicos (28,38%), uso de antidepressivos (18,02%) e de antipsicóticos (14,44%); consumo de tabaco (58,2%), seguido da maconha (44,53%); 95,31% dos homens e todas mulheres realizaram testes rápidos para hepatite B, sífilis e HIV no momento da admissão, e em dias subsequentes à entrada, tanto homens quanto mulheres, duas consultas médicas. O consumo de álcool, maconha e crack mostrou correlação com depressão. O contexto apresentado, mostra a necessidade de investimentos em políticas públicas para melhoria na prevenção de doenças e promoção da saúde de pessoas com privação de liberdade.