z-logo
open-access-imgOpen Access
ESCOLAS DE FAZENDA NA ILHA DE MARAJÓ
Author(s) -
Sônia Maria da Silva Araújo
Publication year - 2016
Publication title -
margens
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
ISSN - 1806-0560
DOI - 10.18542/rmi.v2i3.3034
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Em Marajó vive uma gente que trabalha em fazendas dedicadas à criação extensiva, instituídas a partir da colonicação, no século XVI. Esse acontecimento tranformou os índios Aruã que viviam naquele espaço em vaqueiros e conformou a cultura marajoara que hoje lá desenvolve. Resultante originalmente do sistema de sesmarias, as fazendas de Marajó foram, ao logo dos séculos, desenvolvendo um latifúndio perpetuado pelo privilégio de herança: são terras de família. Nessas terras, onde não há espaço público, instituiram-se nos anos 30 de 1990, a prática da escolarização, que articulou as agentes do lugar a outros sistemas constituídos pela sociedade brasileira. A escola no interior da fazenda estabeleceu novos modos de vida fundadas na esperança daquela gente de ver seus filhos realizando um trabalho não de braço. Todavia, a própria escola que ali se instituiu dentro do latifúndio, sob o total domínio econômico de uma elite fazendeira, não consegue dar conta de transformar a esperança em realidade, pois s econsolidou apartada de outros bens culturais capazes de lhe oferecer qualidade e, aprisionada em um sistema social de relações, vê-se desprovida da liberdade pública de participação.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here