O PLANEJAMENTO FAMILIAR COMO PONTE ESTRUTURAL PARA UMA QUALIDADE DE VIDA EFETIVA PARA A SOCIEDADE.

Introdução: As lutas em prol da saúde reprodutiva das mulheres encontraram grandes dificuldades até o final dos anos 70, destacando-se o Estado autoritário que não atendia às necessidades básicas da maioria da população; a influência biomédica na construção de representações sobre o corpo feminino e o lugar social da mulher; e os programas verticais de planejamento familiar. A probabilidade da primeira gestação na adolescência adquirir o caráter não desejado torna-se alta, visto que, na maioria dos casos a primeira gravidez não é planejada. Objetivo: apontar a dificuldade de implantação concreta do Planejamento Familiar na vida dos brasileiros, em uma avaliação conjunta entre o Serviço Social e a Enfermagem é possível perceber como uma ferramenta dessas tem forte resistência para ser colocada em prática dentro das famílias. É questão de promoção de saúde, de prevenção de doenças e reflete brutalmente no âmbito social, sendo uma expressão de questão social gritante, já que a reprodução desenfreada e sem condições plenas de cuidado geram subsistência, carência física, emocional, dificuldade de aprendizagem, má colocação no mercado de trabalho, assim como uma escala retroalimentar de repetição de ações. Metodologia: trata-se de um estudo de revisão de literatura abordando o tema planejamento familiar. A busca de dados foi realizada utilizando o Portal Regional da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), a partir dos descritores “enfermeiro”, “serviço social” e “planejamento familiar”. Foram selecionados 8 artigos, onde, posteriormente foi identificado o contexto em que os descritores aparecem ou foram citados como conceitos chave do objeto de estudo. Foi realizado no período de março a abril de 2019, por meio de análise temática do objetivo proposto, sendo ele, a Importância do Planejamento Familiar. Discussão: Ainda que seja considerada a importância do processo educativo e dos trabalhos já manifestados na área de planejamento familiar, muitos problemas ainda são relevantes. O âmbito social, econômico e político, com seu impacto sobre as famílias percorrendo através de diferentes fases do ciclo de vida, em cada período da história, não pode ser ignorado. Os modelos de planejamento familiar característicos deixam de considerar os efeitos marcantes da etnicidade, da religião, das classes sociais, em todas as particularidades de quando e de que modo uma família faz suas transições de uma fase para outra. Conclusão: A partir disso, uma estrutura se faz necessária para a aplicação de ações de planejamento, ações efetivas e que atingissem as famílias, não apenas a mulher, mas também o homem, que também faz parte do quadro de preocupação, resultados apontam que é necessária uma interdisciplinaridade, para que cada profissional atue em prol de medidas para ações efetivas no âmbito de maior complexidade da assistência em planejamento familiar.