ANSIEDADE E O USO INDISCRIMINADO DE ANSIOLÍTICOS

RESUMO: A ansiedade é um problema comum e crescente na sociedade atual, tendo em vista que a humanidade está passando por elevados níveis de estresse, pressão psicológica e outros fatores, produzindo aumento pela busca de substâncias e métodos que provoquem a sensação de alívio, bem-estar físico e mental. O uso de fármacos psicoativos é eficaz em determinadas situações, porém, o abuso e a automedicação são questionados. O uso indiscriminado é uma ocorrência constante na sociedade atual, gerando preocupação nas autoridades de saúde, pois, sabe-se que a utilização prolongada destes fármacos causa efeitos colaterais indesejáveis, dependência química e dificuldades para finalizar o tratamento. Essa pesquisa tem como objetivo caracterizar a importância do farmacêutico quanto ao uso racional de ansiolíticos. Trata-se de uma revisão bibliográfica do tipo exploratória. O período de busca foi realizado entre os meses de setembro de 2019 a maio de 2020, utilizando-se as seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Eletronic Library On Line (SCIELO). Foram incluídos cinco artigos da literatura nacional que abordam sobre o uso de ansiolíticos de forma irracional e a importância do acompanhamento profissional para reduzir o consumo indiscriminado de medicamentos para ansiedade. A utilização de ansiolíticos, especialmente os benzodiazepínicos, em idosos é cada vez mais comum e está associada a alta susceptibilidade que esse grupo apresenta para transtornos mentais. Na perspectiva de reduzir o uso indiscriminado de psicotrópicas, os medicamentos que estão inseridos na classe dos ansiolíticos, devem ser discutidos no meio cientifico como práticas que contribuam para o uso racional, de modo que esses fármacos sejam prescritos com reais indicações clínicas. Foi possível evidenciar que ainda existe uma grande prevalência do uso indiscriminado de ansiolíticos no Brasil, relacionado a vários fatores como: falta de conhecimento do diagnóstico, do tratamento em si, tempo de ação da droga, efeitos e eventos adversos, cabendo aos profissionais, que lidam com medicamentos, atenção para práticas educacionais, tanto para usuários, quanto para os profissionais de saúde, incluindo o farmacêutico, uma vez que espera - se que este profissional domine todos esses aspectos e no momento da dispensação realize as devidas orientações com vistas a prevenção do uso indiscriminado.