z-logo
open-access-imgOpen Access
Literatura para infância e autoritarismo: releituras fascistas de Pinóquio
Author(s) -
Heloisa Sousa Pinto Netto
Publication year - 2020
Publication title -
revista da anpoll
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-7830
pISSN - 1414-7564
DOI - 10.18309/anp.v51i3.1457
Subject(s) - humanities , philosophy , art
O presente artigo aborda as releituras da obra Pinóquio (1883), comumente denominadas pinocchiate, enredos breves que foram publicados na Itália após a morte de seu autor, o jornalista e escritor Carlo Lorenzini, mais conhecido por Carlo Collodi (Florença, 1846-1890). O que motivou este exame foram os questionamentos acerca do valor simbólico da literatura para infância, de seu aspecto permeável a diferentes ideologias e de sua sujeição a diversos tipos de apagamentos, especialmente ao longo do século XX quando estados autoritários encabeçaram ações capazes de questionar a própria noção de civilização ou humanidade.  Governos de caráter autoritário tendem a tomar a educação escolar como canal de cooptação aos seus regimes e, por consequência, os livros de leitura escolar se transformam em vetores modelares para que tal arregimentação se efetive. As derivações da obra Pinóquio destinadas ao uso escolar cujos enredos tomaram por base ideais defendidos pelo regime fascista italiano encabeçado por Benito Mussolini (Forlì 1883 – Mezzegra 1945) são exemplos concretos destes veículos de doutrinação.

The content you want is available to Zendy users.

Already have an account? Click here to sign in.
Having issues? You can contact us here