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Espetros de Orpheu
Author(s) -
Roberto Vecchi
Publication year - 2015
Publication title -
revista da anpoll
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-7830
pISSN - 1414-7564
DOI - 10.18309/anp.v1i38.863
Subject(s) - philosophy , humanities
Várias são as formas com que se articularam as mitologias da modernidade provocadas pela experiência do Orpheu. No entanto, há uma dimensão menos evidente que é a espetralidade de Orpheuque se conjugou ao longo do século XX como uma sombra intermitente condicionando momentos estéticos e críticos de diferente natureza, às vezes até em contradição recíproca.  Talvez se possa pensar numa teoria do espetro sustentada pela própria dinâmica do Orpheu, onde a natureza anfibológica do espetro -ao mesmo tempo presente e ausente, vivo e morto- atua a partir de uma resistência ou uma força que marcam sinais e sobrevivências, apesar de um fim nunca assumido e sempre adiado.  Orpheuinscreve-se assim plenamente naquela “hantologie” pensada por Derrida a partir do célebre começo do Manifesto do Partido comunista de Marx. Porque, também no Orpheu, o que está em jogo é a ontologia do espetro: a repetição e a primeira vez. Como é inegável, a espetralidade do Orpheu 3, retorno fracassado do mito moderno de Orpheu, anúncio recorrente e impossível de um reaparição fantasmática que se realiza só na dimensão crítica e conceptual do póstumo (como resto sobrevivente).  This work is licensed under a Creative Commons Attribution 3.0 License. 

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