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CAPITALISMO: O PRIMEIRO CASO DE UM CULTO QUE NÃO EXPIA, MAS CULPABILIZA/ENDIVIDA?
Author(s) -
Michael Ramminger
Publication year - 2021
Publication title -
caminhos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1983-778X
pISSN - 1678-3034
DOI - 10.18224/cam.v19i2.9041
Subject(s) - humanities , philosophy
Pensar sobre a relação entre religião, sociedade e democracia
geralmente significa pensar sobre religião em termos de comunidades
religiosas constituídas e analisar e criticar sua ideologia e prática
simbólica e social. Entretanto, isto sempre pressupõe uma certa
interpretação do que é religião e de quem é o portador de crenças
religiosas. Foi o filósofo judeu Walter Benjamin que, há 100 anos,
chamou a atenção para o fato de que, na sociedade moderna, não só as
igrejas e comunidades religiosas são portadoras de convicções
religiosas, mas também o moderno Estado-nação, que se autodenomina
secular. Sua tese é que o capitalismo assume as funções e tarefas das
comunidades religiosas tradicionais, especialmente as das igrejas
católica e protestante. Contudo, isto acontece não para trazer liberdade, mas para subjugar e reprimir as pessoas.