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A Arqueologia e os Novos Paradigmas Bíblicos
Author(s) -
José Ademar Kaefer
Publication year - 2016
Publication title -
caminhos
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1983-778X
pISSN - 1678-3034
DOI - 10.18224/cam.v14i1.4831
Subject(s) - humanities , art , philosophy
Resumo: no passado a arqueologia contribuiu consideravelmente para que paradigmas bíblicos estabelecidos sobre a história de Israel fossem revistos e reinterpretados, o que incidiu fortemente na pesquisa literária. Exemplos a citar é a tradição dos patriarcas e a conquista de Canaã. Nas últimas décadas o estudo do Primeiro Testamento vem passando por novas e grandes reviravoltas, como o caso da Monarquia Unida sob os reinados de Davi e Salomão. A quebra desses paradigmas leva a outras interrogações, típico da pesquisa bíblica: soluciona uma questão e abre a porta para outras. Estas questões são: se não existiu a conquista, como entender a tradição do Êxodo? É ela oriunda de Israel Norte (nossa proposta)? O que dizer então da caminhada pelo deserto, é ela uma tradição independente (nossa proposta)? Mas, como ela se formou? Se não existiu a Monarquia Unida, quem ocupou o vácuo histórico deixado por ela? Devemos avançar a cronologia do reinado de Saul (nossa proposta)? O que dizer do vazio arqueológico de Jerusalém no período persa e de sua incidência sobre a pesquisa bíblica? Todas essas perguntas e suas prováveis respostas têm a ver com as novas datações que estão sendo estabelecidas a partir, principalmente, das pesquisas arqueológicas em Meguido e coordenadas por Israel Finkelstein. Têm a ver também com as conclusões de que a escrita em Israel e Judá teve um desenvolvimento tardio, conclusões orientadas principalmente a partir dos escritos encontrados em Kuntillet Ajrud e Deir Alla. E, por último, o novo e grande paradigma: a descoberta da grandeza de Israel Norte como contrapartida ao arrefecimento de Judá. Palavras-chave: Bíblia. História. Arqueologia. Paradigma. Datação.