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O livro brasileiro nos anos 1920: aspectos gráficos e atuação dos escritores / The Brazilian Book in the 1920’s: Graphic Aspects and Writers’ Performance
Author(s) -
Milena Ribeiro Martins
Publication year - 2020
Publication title -
o eixo e a roda
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2358-9787
pISSN - 0102-4809
DOI - 10.17851/2358-9787.29.1.218-236
Subject(s) - humanities , art
Resumo: Este artigo analisa textos e paratextos da literatura brasileira da década de 1920 a fim de caracterizá-la como um momento de transformações determinantes para a história do livro brasileiro. Observa-se no período um processo de nacionalização da produção livreira, em consonância com uma progressiva nacionalização da linguagem e dos temas. Com o crescimento significativo do número de editores brasileiros atuando na publicação de literatura, tornaram-se mais estreitos os vínculos entre diferentes agentes do processo de produção, venda e recepção de livros, propiciando, como consequência, formas novas de profissionalização dos intelectuais. Casos como o dos escritores-editores Benjamin Costallat e Monteiro Lobato são apresentados e analisados, de forma a tornar mais compreensíveis algumas das ações colocadas em prática por eles. Para que tal análise seja possível, é necessário atentar para elementos paratextuais (prefácios, epígrafes, capas) presentes em edições antigas dos livros estudados, além de documentos pessoais. Dentre os livros mencionados, estão Urupês (1918), de Lobato; Histórias e sonhos (1920), de Lima Barreto; Fim (1921), de Medeiros e Albuquerque; Mademoiselle Cinema (1923), de Costallat; e Amar, Verbo intransitivo (1927), de Mário de Andrade. A atividade editorial é aqui compreendida como uma ação essencialmente plural, que envolve diversos agentes, dentre os quais os próprios escritores, que estão incluídos entre os responsáveis não apenas pelo texto, mas também por aspectos da materialidade dos livros. O sistema literário brasileiro conquistava sua independência e maturidade, ao passo que, por meio de dispositivos textuais e editoriais, formava-se um novo tipo de leitor.Palavras-chave: história do livro; modernismo; editores.Abstract: This article analyzes texts and paratexts of the Brazilian literature of the 1920s, in order to characterize it as a moment of decisive transformations in the history of the Brazilian book. In the period, one observes a process of nationalization of book production, in line with a progressive nationalization of language and themes. With the significant increase in the number of Brazilian publishers working in the publication of literature, the links between different agents of the process of production, sale and reception of books have become closer, consequently providing new forms of professionalization of intellectuals. Cases such as the ones of Benjamin Costallat and Monteiro Lobato are presented and analyzed in order to make more understandable their actions as writers-publishers. For such an analysis to be possible, it is necessary to pay attention to paratextual elements (prefaces, epigraphs, covers) present in old editions of the studied books, as well as personal documents. Among the books mentioned are Urupês (1918), by Lobato; Histórias e Sonhos (1920), by Lima Barreto; Fim (1921), by Medeiros and Albuquerque; Mademoiselle Cinema (1923), by Benjamin Costallat; and Amar verbo intransitivo (1927), by Mário de Andrade. Publishing activity is understood as an essentially plural action, involving several agents responsible not only for texts, but also for aspects of the materiality of the books. The Brazilian literary system gained its independence and maturity, whereas, through textual and editorial devices, a new type of reader was formed.Keywords: book history; modernism; publishers.

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