
Cisne isolado, sujeito deslocado: Mallarmé em diálogo com Apolo, Baudelaire, Andersen e Eduardo Guimaraens
Author(s) -
Bruno Anselmi Matangrano
Publication year - 2014
Publication title -
aletria
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2317-2096
pISSN - 1679-3749
DOI - 10.17851/2317-2096.24.3.127-141
Subject(s) - humanities , emblem , philosophy , art , literature
O presente artigo pretende traçar um breve panorama da imagem do cisne no contexto da poética simbolista, partindo, no entanto, da sua presença na literatura e na mitologia grega antiga, com a qual o simbolismo dialoga. Volta-se, então, à emblemática imagem do cisne presente no poema “Le Vierge, le vivace et le bel aujourd’hui”, de Stéphane Mallarmé (1842-1898), lido em diálogo com os poemas “L’Albatros” e “Le Cygne”, de Charles Baudelaire (1821-1867), com os sonetos “Sobre o cisne de Stéphane Mallarmé” e “O cisne e o lago”, de Eduardo Guimaraens (1892-1928), e com o conto de fadas “O patinho feio”, de Hans Christian Andersen (1805-1875), na tentativa de mostrar transformações e nuances pelas quais esse símbolo passou ao longo dos séculos, sua permanência e sua continuidade no Zeitgeist oitocentista e a relação que estabelece com a tradição.