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A influência do conceito de felicidade da poesia arcaica grega na literatura sapiencial judaica após o cativeiro babilônico
Author(s) -
Milton Luiz Torres
Publication year - 2018
Publication title -
nuntius antiquus
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2179-7064
pISSN - 1983-3636
DOI - 10.17851/1983-3636.14.1.57-85
Subject(s) - humanities , philosophy
Este artigo apresenta uma comparação de aspectos do conceito de felicidade na poesia arcaica grega com a literatura sapiencial judaica após o cativeiro babilônico, com o objetivo de estabelecer a relação de uma com a outra. Para tanto, analisa a tensão existente entre sabedoria convencional e subversiva nas duas iteraturas, dando especial atenção a sete dimensões relativas à felicidade: a moderação, o conhecimento de si, o controle das paixões, o respeito aos próprios limites, o tipo de morte, o esquivar-se à fiança e, finalmente, a saúde. A vertente predominante da literatura sapiencial judaica é aquela expressa nos livros de Provérbios, Eclesiástico, Sabedoria e Salmos de Salomão. São os livros de Jó e Eclesiastes que requerem explicação devido a sua filiação aos apotegmas da sabedoria subversiva, incomum nos círculos judaicos.  A conclusão de que essa vertente tenha se originado do contato com os gregos tem duas vantagens explanatórias: dá algum tipo de suporte à suposição tão comum entre os historiadores do judaísmo de que os processos de helenização de Israel tiveram início bem antes do século III, período geralmente apontado como época do desencadeamento de tais processos, e propõe uma solução ao menos provisória para a misteriosa incursão de uma vertente não consuetudinária na literatura sapiencial judaica.

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