
EÇA, HUYSMANS & SCHOPENHAUER: UMA IRONIA DA “DECADÊNCIA”
Author(s) -
Onofre de Freitas
Publication year - 2002
Publication title -
em tese
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 1982-0739
pISSN - 1415-594X
DOI - 10.17851/1982-0739.5.0.101-111
Subject(s) - humanities , philosophy
Sob o prisma da ironia humoresque, lê-se A correspondênciade Fradique Mendes, de Eça de Queirós, no seu desdobramento intertextual. Preservando sempre a percepção dos efeitos da magia irônica, assinala-se a sua natureza textual de romance ensaio em que o literário, o científico e o filosófico se interseccionam, em permanente dialogismo. A partir deste pressuposto, busca-se, ainda através da ótica irônica,(des)tecer a malha intertextual, em perspectiva interna e externa. Vale dizer: a sua intertextualização é vista dentro da obra, através do dialogismo de suas partes entre si –narrativa introdutória e epistolário (intertextualidadeendógena); e ainda fora da obra, através do seu dialogismo com À rebours, de J.-K. Huysmans, e O mundo como idéia erepresentação, de Arthur Schopenhauer (intertextuaidade exógena).