
LARINGOTRAQUEOSCOPIA FLEXÍVEL NA DECANULAÇÃO DE PACIENTES TRAQUEOSTOMIZADOS: OTIMIZAÇÃO DE SEGURANÇA PARA O PACIENTE
Author(s) -
Maurício Medeiros Lemos,
César Orlando Peralta Bandeira,
Vlaudimir Dias Marques,
Jorge Juarez Vieira Teixeira,
María José Carvalho
Publication year - 2019
Publication title -
saúde e pesquisa
Language(s) - Portuguese
Resource type - Journals
eISSN - 2176-9206
pISSN - 1983-1870
DOI - 10.17765/2176-9206.2019v12n2p377-383
Subject(s) - medicine , gynecology
Avaliar a decanulação utilizando a laringotraqueoscopia flexível visando o reconhecimento das lesões laringotraqueais não diagnosticadas quando utilizados somente critérios clínicos. Participaram do estudo 100 pacientes, com idade entre 18 e 80 anos, traqueostomizados, com indicação de decanulação que foram submetidos à oclusão da cânula por 03 minutos para avaliar fonação e ventilação seguido da realização do exame. Foi comparada a indicação de decanulação por critérios clínicos com o diagnóstico de lesões laringotraqueais reconhecidas após o término da laringotraqueoscopia flexível. Os critérios de Myer-Cotton foram utilizados como referencial para classificação de doença laringotraqueal. Resultados: 62 (62%) pacientes apresentaram critérios clínicos para decanulação, porém, com doença laringotraqueal identificada pela laringotraqueoscopia flexível. Dentre estes, oito (8%) considerados aptos à decanulação baseados nos critérios clínicos apresentaram contraindicação à retirada da cânula. Apenas 26 (26%) pacientes não apresentaram doença laringotraqueal; 11 (11%) não foram decanulados por não preencherem critérios clínicos e endoscópicos. A laringotraqueoscopia flexível reconheceu doença laringotraqueal nos pacientes que preenchiam critérios clínicos para retirada da cânula traqueal. Este exame como rotina na avaliação de pacientes preenchendo critérios de decanulação mostrou-se útil e seguro.